quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Inventor do 'Obama on-line' diz que redes sociais só funcionam em mão dupla...



O sucesso de Scott Goodstein ao coordenar a campanha de Barack Obama nas redes sociais nos Estados Unidos chamou a atenção dos políticos brasileiros para as próximas eleições. Embora ele afirme que ainda não tenha acertado trabalhar para nenhum partido, apesar dos rumores de que ele seria contratado do PT, no momento ele estuda como poderá criar uma estratégia on-line para a campanha eleitoral no Brasil.

Na Campus Party 2010, onde foi palestrante, Goodstein defendeu a importância de se trabalhar com pequenos nichos na internet e de modelos gerais de interação em comunidades on-line. Para ele, mais importante do que atingir todos os eleitores é conseguir mobilizar um público específico, fazendo com que ele se mobilize e consiga chamar amigos para criar algo muito maior. “É por meio das redes sociais que os políticos podem se comunicar com seus eleitores, saber o que eles pensam, quais são suas dúvidas e criar uma via de duas mãos”, conta.

Entretanto, Goodstein afirma que, para que os usuários da internet criem informação e possam se organizar para uma mobilização política, o Brasil precisa garantir o acesso à rede a maioria das pessoas. Antes de se apresentar para os campuseiros, Goodstein conversou com o G1 sobre o engajamento político na internet e a importância das mídias sociais para uma campanha política.



Por conta de notícias a seu respeito publicadas no país, o estrategista on-line demonstrou preocupação ao responder as perguntas e quis deixar claro que não trabalha para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nem para a Casa Branca. “Tudo o que falo é minha opinião política”.

G1 – Na campanha eleitoral norte-americana de 2008, os candidatos que conseguiram se promover e divulgar suas ideias pelas redes sociais?
Goodstein - As redes sociais não foram feitas para se promover. Isso é um grande erro. Os políticos que inundam o Facebook e o Twitter com informações, erram. É preciso conversar com usuários, responder suas dúvidas e saber escutá-los. As pessoas desejam fazer parte de uma via de duas mãos. Eu não entro no Facebook de um político para ler textos de divulgação para a imprensa.



É um erro entrar nessas redes sociais e trabalhar apenas com uma via de comunicação. Na campanha de Obama, respondemos toda pergunta séria enviada por e-mail porque sabíamos que era um voto. Este eleitor tinha uma preocupação, e ele também tinha 70 ou 80 amigos na rede social que também eram eleitores. Então, quando eles recebiam uma resposta sobre a importância de se investir na saúde, por exemplo, eles avisavam seus amigos, porque é assim que uma rede social funciona.



G1- Mas os políticos também conseguiram promover as redes sociais, não?
Goodstein - Usamos ferramentas que não foram criadas exclusivamente para a política. O Facebook já existia e não precisava da nossa ajuda para crescer. Ele tem 65 milhões de americanos cadastrados. São muitas pessoas para manter contato. Se você é um político e deseja falar para uma audiência 30 milhões de pessoas na TV, deverá colocar um anúncio no ar. Com 65 milhões de americanos no Facebook, você desejará engajá-los para algo. Com o Twitter é um pouco diferente. Ele foi uma experiência. Quando começamos, o serviço tinha apenas algumas milhares de pessoas no microblog. Conforme ele cresceu, fomos com ele.



Não sei se ajudamos essas redes. Na política dos EUA, as pessoas querem ser ouvidas, querem publicar suas opiniões, querem se envolver. Um exemplo é o que aconteceu recentemente com a tragédia do Haiti. As pessoas querem se mobilizar.



G1 - Criou-se a imagem de que Obama era um ‘twitteiro’, mas recentemente ele revelou que usou o serviço de microblog pela primeira vez. Como foi criada essa imagem do presidente americano? Este fato não soou mentiroso para ele?
Goodstein - Barack Obama não escreve todos os seus e-mails, não responde perguntas no Facebook e não utiliza o Twitter. Esta é uma história ingênua. No Twitter, que está muito claro que existe uma conta de sua campanha. Há uma conta da Casa Branca e se usarmos uma frase dele, esta frase foi dita por ele, mas não significa que ele a escreveu.



As milhares de pessoas que ficaram chocadas com o fato de Obama não twittar são ingênuas. Eu prefiro pensar que o meu presidente tem coisas mais importantes a fazer do que ser criticado pelo fato de sua equipe estar usando o Twitter ou mandando e-mails sobre um discurso verdadeiro que ele deu dois minutos antes.



G1 - No Brasil, existe certo ceticismo sobre mobilização pela internet. Como você trabalha para tentar quebrar este paradigma?
Goodstein - Eu não concordo com esta afirmação. Eu gosto de pensar na internet como uma ferramenta. Penso na geração dos meus pais, na década de 60 nos Estados Unidos, com os movimentos anti-guerra, com Martin Luther King e com marchas pelas ruas. Vivemos em uma época diferente. Conseguimos mandar uma mensagem dez vezes mais rápido com estas ferramentas. Conseguimos organizar centenas de milhares de voluntários para ir a um determinado lugar com elas. Fizemos um grupo de jovens ir da Califórnia para o estado de Nevada para uma mobilização. O conceito de que estas ferramentas servem apenas para que os jovens assistam a vídeos em casa é um mito. Além disso, não acredito que valha mais um milhão de pessoas marchando nas ruas do que um grupo de 20 jovens que se mobilizam, convocam amigos e conseguem dinheiro para ajudar as vítimas do Haiti.

G1- Este tipo de mobilização on-line funcionaria no Brasil?
Goodstein - Acredito que funciona mundialmente. Se você entrega ferramentas poderosas e gratuitas para as pessoas, é preciso garantir acesso a elas. Torço para que o Brasil consiga resolver este problema de acesso à internet por aqui. Espero que o governo brasileiro trabalhe para isso, pois assim se construirão comunidades, uma maior interação das pessoas e um engajamento público. Milhões podem construir e gerar informações como no Wikipédia. É preciso saber como organizar essas comunidades por meio da web.



G1 - Nos Estados Unidos, você trabalhou na eleição de um candidato que quebrava uma linha de poder. No Brasil, você pode vir a trabalhar para um candidato de sucessão. Como você trabalha com isso?
Goodstein - Eu não estou trabalhando para nenhum partido político brasileiro. Eu sou de Cleveland, no estado de Ohio e passei a minha vida trabalhando para uniões de trabalhadores e partidos trabalhistas nos Estados Unidos. Espero que os partidos trabalhistas ao redor do mundo realizem coisas boas. No Brasil, eles tiveram muito sucesso. Fora isso, tenho conversado com algumas pessoas, mas saberei com quem trabalhar por volta de maio ou junho.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1466000-6174,00-INVENTOR+DO+OBAMA+ONLINE+DIZ+QUE+REDES+SOCIAIS+SO+FUNCIONAM+EM+MAO+DUPLA.html

As eleições de 2010 poderão ser diferentes no Brasil




Eu não estou certo se o título do texto é uma afirmação ou uma esperança, mas acho possível imaginar que as eleições brasileiras deste ano serão diferentes em função dos mais de 75 milhões de internautas que teremos em outubro. O poder das redes sociais será capaz de influenciar o processo eleitoral, não exatamente como um palanque eletrônico para os candidatos, mas sim pela influência causada pelas opiniões de milhões de pessoas via Twitter, blogs e redes.

Não me parece que teremos algo parecido com a campanha de Obama por aqui, até porque nenhum dos candidatos a presidente tem demonstrado um movimento estruturado e forte nas redes sociais. Dos candidatos, acho que José Serra merece ser citado, pois vem tendo atuação regular no Twitter com mais de 158 mil seguidores. Acesse o Politweets e veja os políticos que estão usando o Twitter.

O fato é que o cenário eleitoral de 2010 é muito diferente do contexto de 2006. A internet parecer ser a saída para os eleitores fugirem dos tenebrosos programas dos horários gratuitos de rádio e TV. Eu não creio que a maioria dos internautas entrará proativamente na internet em busca de debates e comícios virtuais, mas acredito que o interesse pela internet vai superar o interesse pela televisão. Você acredita que o cidadão se postará na frente do YouTube para assistir a algum comício? Eu duvido, aliás, duvido muito. No entanto, acho muito possível que tenhamos dezenas ou centenas de milhares de eleitores seguindo seus candidatos no Twitter, que hoje é uma febre crescente no País.

Uma matéria sobre o tema publicada na revista ‘Veja’, chamada ‘A disputa na arena digital’ (edição 2144 de 23 de dezembro de 2009), faz uma citação interessante. Diz que o Twitter poderá funcionar como um palanque eletrônico. Imagine um candidato que consiga, por exemplo, 50 mil seguidores em seu Twitter e que, em média, cada um de seus seguidores tenha, digamos, outra centena de seguidores. Cada mensagem desse político chegaria quase instantaneamente a 5 milhões de pessoas.

O Brasil possui, hoje, mais de 1,3 milhão de usuários no Twitter, e o número continua crescendo, o que representa uma massa considerável de formadores de opinião.

Segundo a mesma revista ‘Veja’, mais de 90% dos tuiteiros do Brasil vivem no Sudeste e no Sul do País, sendo que quase metade mora em São Paulo e tem entre 21 e 25 anos. A maioria tem alto nível de escolaridade (70% tem ensino superior completo ou cursa pós-graduação). Imagine parte dessas pessoas se articulando através das redes sociais em favor de um ou mais candidatos. A influência via redes sociais poderá ser decisiva nas eleições brasileiras de 2010, tudo dependerá da capacidade dos candidatos e partidos entenderem a nova sociedade digital em que vivemos, seu potencial para o bem e para o mal.

Mauro Segura é formado em engenharia, com pós-graduação em marketing e comunicação. Tem mais de 20 anos de experiência em comunicação, marketing e vendas. Ocupou posições de liderança na Embratel, Intelig e Unisys e, atualmente, é diretor de Marketing e Comunicação da IBM Brasil. Mantém o blog ‘A Quinta Onda’.

Fonte: http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=217&tipo=G

Empresa 2.0 Fogo ou Fumaça?



A partir de reflexões após o Wikishop na Dataprev, (valeu André Cardoso de Santa Catarina!), a palestra na Prodesp e discussão com alunos da Infnet, Marketing Digital.

Ao se pensar em projetos de redes sociais nas empresas, há sempre um dilema na mesa virtual:

* Será um simples e siliconado projeto de comunicação?
* Ou de reestruturação da organização, na qual será feita uma revisão dos valores da empresa que passa à procurar uma nova e revisada relação com colaboradores externos e internos?

A primeira opção passa e fica no departamento de comunicação ou marketing, gerando fumaça.

A segunda envolve toda à organização para produzir fogo.

Projetos reducionistas e pobres de pseudo-comunicação geram interação, mas não se comunicam, pois os pedidos de mudanças não terão eco.

A comunicação não tinha e não tem como missão promover gestões de mudança.

Quem colabora, entretanto, no blog corporativo, no twitter, tem alguma sugestão e quer ver algo acontecer, sob o risco de sumir do mapa.

É preciso evitar, assim, de criar um canal de diálogo de surdos e sem saída, de uma empresa que não quer mudar, apenas fingir que está mudando.

Cedo ou tarde um blogueiro perdido vaí apontar a contradição, que logo vai repercutir por aí num comunidade virtual qualquer e chegar à grande mídia.

É o chamado marketing do castelo de carta, que vive correndo para apagar o incêndio 2.0!!!

Projetos de rede social aliam uma nova visão, turbubinada de conceitos, que estimula para valer a comunicação colaborativa para ajudar na revisão constante dos processos organizacional e produtivo das empresas.

Quanto mais se recebe colaborações procedentes, mais a organização muda se adequa ao novo mundo mais dinâmico e, por consequência mais gera valor e mais competitividade.

Este é o espírito 2.0 da coisa.

Cuidado para não transformá-lo apenas em uma coisa.

A fumaça, cedo ou tarde, se desfaz.

Que dizes?

Fonte: http://nepo.com.br/2010/02/04/empresa-2-0-fogo-ou-fumaca/

Redes sociais presentes no trabalho!


Um estudo da empresa de soluções de segurança para o uso da internet Websense realizado com 350 diretores de TI e 350 colaboradores de companhias de toda a América Latina. Nele, 100% das pessoas admitiram usar a internet no ambiente corporativo também para razões pessoais.


Os funcionários brasileiros gastam em média 23 minutos por dia conectados na internet em páginas que não são relacionadas com o trabalho. Um dos maiores dilemas das organizações, porém, são as redes sociais. “A pessoa não consegue ficar 10 horas, por exemplo, sem acessar seu perfil e interagir com os amigos”, diz Fontão, da Websense.

E este é um fenômeno global. Uma pesquisa realizada no Reino Unido pela provedora de serviços de tecnologia da informação Morse, com 1.460 trabalhadores, revelou que mais da metade deles passam 40 minutos por semana em redes de relacionamento como o Twitter e o Facebook enquanto estão trabalhando.

Para Fontão, da Websense, as empresas no Brasil ainda mais assustam do que orientam seus funcionários a respeito do uso da internet. “As melhores companhias já perceberam que devem buscar soluções melhores do que simplesmente proibir tudo. Mas esse ainda é um processo demorado”, afirma.

Fonte: http://www.midiassociais.net/2009/11/redes-sociais-presentes-no-trabalho/

Google lança um Twitter no Gmail...


O Google finalmente entrou de cabeça na web em tempo real com o lançamento do Google Buzz, sua versão do Twitter e maior esperança para frear o crescimento do Facebook. O novo produto, lançado nesta terça-feira, funcionará integrado com o Gmail e adicionará informações quentes ao serviço. O Buzz, cujo ícone ficará logo embaixo da ‘Caixa de entrada’ do serviço de e-mail, é parecido com a timeline do Facebook, mostrando indicações dos seus contatos, novos comentários, fotos e artigos indicados.

Além disso, a rede social também apostará na geolocalização, a grande tendência da internet em 2010, contando com um aplicativo – para iPhone e celulares com Android – que integra o serviço com o Maps. O app para smartphones permite que você poste informações sobre o lugar onde você está, nos moldes do Foursquare.

“Vamos lançar uma ferramenta para gerenciar sua atenção, filtrando informações em tempo real. Quando você tinha 50 amigos, era fácil acompanhar, mas e agora que você juntou 50 mil pessoas?”, indagou o gerente de produtos da empresa Bradley Horowitz. “Nosso novo conceito, o Google Buzz, vai te ajudar com isso”, promete.

O Gmail, que já integra chat e conversas por vídeo, torna-se agora uma gigante rede social. Quem achava que a adaptação do Google à web em tempo real pararia na busca social integrada ao seu algoritmo, enganou-se profundamente. O Buzz é um produto ambicioso que funde Twitter, Facebook e Foursquare. E que já nasce grande, pois conta com a base de usuários de um dos maiores serviços de e-mail do mundo.

Logado no Buzz, você poderá se conectar ao Twitter e ao Flickr, por exemplo, e recomendar ítens de outras sociais para seus contatos no Google. Para conversar com algum de seus contatos, basta seguir o padrão do serviço de microblogging, colocando uma @ na frente do login. Integrações com Facebook e Twitter serão anunciadas em breve, segundo os executivos.

Para Bradley Horowitz, é o Gmail se tornando um pouco mais Google Wave: “Quase tudo aqui foi inspirado pelo Wave”.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/link/google-lanca-um-twitter-no-gmail/