sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Pesquisa revela comportamento das crianças na internet brasileira


A pedido do Valor, o Ibope Nielsen fez um levantamento sobre a corrida das crianças para a internet em todo o país. Foram consideradas apenas aquelas com idade entre 2 e 11 anos.

Em dezembro, das 28,5 milhões de pessoas que navegaram na internet a partir de suas casas, nada menos que 14% – quase 4 milhões de pessoas – eram crianças. Há dez anos, as crianças eram apenas 6% da audiência total da internet residencial. O volume é representativo, dado que, segundo levantamento populacional de 2008 realizado pelo IBGE, há 33,5 milhões de crianças no país com idade entre 2 e 11 anos.

Para os analistas, a explicação por trás desses números passa pela crescente popularização da internet, a redução no preço dos computadores e o desejo dos pais de levar o computador para os filhos.

Hoje, 15% das visitas a sites de jogos – um dos serviços mais procurados na web – são feitas por crianças. Um olhar mais atento, porém, revela que os pequenos também têm outros talentos na hora de navegar. As crianças, principalmente as meninas, diz José Calazans, analista de mídia do Ibope Nielsen, estão cada vez mais interessadas em se comunicar pela rede. “O PC tem se transformado em uma ferramenta de socialização para as crianças”, diz. No Orkut, uma das redes sociais mais populares da internet, a criançada já representa 10% das visitas. De cada dez usuários do sistema de troca de mensagens Messenger (MSN), um tem até 11 anos de idade. No último trimestre do ano passado, o UOL Crianças registrou 101,7 milhões de páginas visitadas. “Tivemos um crescimento de 138% sobre o terceiro trimestre”, diz Manoela Pereira, gerente geral de entretenimento do portal. “Apenas em dezembro, o canal recebeu 392 mil visitantes únicos.”

Companhias como os estúdios Disney já mostraram que a brincadeira on-line também é assunto de gente grande. Em 2007, a The Walt Disney Company pagou US$ 350 milhões pelo “Club Penguin”. O site, que cria um mundo virtual infantil, é hoje um dos mais acessados pela criançada no Brasil.

Das quase 4 milhões de crianças que navegaram pela internet em dezembro, mais de 50% – 2 milhões de crianças – visitaram páginas de ao menos uma loja virtual. “É claro que elas não estão ali para comprar algo, mas de alguma forma elas estão chegando até esses sites”, diz José Calazans, do Ibope. Boa parte dessa audiência é resultado de buscas por informações de brinquedos ou personagens de desenhos animados. Um estudo recente feito pela consultoria americana Mediamark Research apontou que, nos Estados Unidos, 46,3% das crianças com idade entre 6 e 11 anos estão usando a internet para conferir os produtos que veem na publicidade impressa ou na TV.

Fonte: http://www.midiassociais.net/2010/02/pesquisa-revela-comportamento-das-criancas-na-internet-brasileira/

Redes sociais no trabalho são mais controladas no Brasil

As empresas brasileiras são as que mais controlam o uso de mídias sociais - como Facebook, LinkedIn, Twitter, Ning, Plaxo, Hi5 e Second Life - no ambiente de trabalho, aponta uma pesquisa feita em 35 países pela Manpower, companhia norte-americana de rescursos humanos.

Segundo o levantamento, que ouviu 34 mil empregadores ao redor do mundo, 55% das empresas brasileiras têm alguma política de restrição, contra 20% registrado na média global.

Os setores que mais controlam o uso de mídias sociais no País, de acordo com o estudo, é o de finanças (81%), seguido do de transportes (65%).

Quase mil empregadores brasileiros foram entrevistados e a razão apontada por 77% deles para exercer o controle é tentar evitar a perda de produtividade. Ainda segundo o levantamento, 32% dos empregadores acreditam que as restrições no ambiente de trabalho ajudam a proteger informações confidenciais das companhias.

De acordo com a Manpower, as políticas para mídias sociais no Brasil ainda estão focadas no gerenciamento de risco e estas redes sociais não são avaliadas pela maioria dos empregadores como uma oportunidade a ser explorada.

O menor índice de controle foi registrado na Europa e na África. Na Polônia, apenas 1% das empresas exerce alguma política restritiva e na França, 2%. A média geral nas Américas é de 29%. Nos Estados Unidos, por exemplo, 24% das companhias controlam o uso de mídias sociais.

Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI4256834-EI4803,00.html

O Twitter é jornalístico


Muitas pessoas ainda têm o pé atrás com as mídias sociais e, na esteira dessa desconfiança, com o pio do pássaro azul que eu, particularmente gosto e uso cada vez mais como referência diária de leitura jornalística.

Mas quando se fala em desconfiança, deve-se deixar claro que esta ainda reside no fato de que pela 1ª vez – não na história deste País, como gosta de divulgar aos quatro ventos em um bordão já manjado o nosso Presidente, mas – na história da humanidade – as pessoas começam a finalmente entender a diferença entre notícia e propaganda, entre visibilidade jornalística e os resultados de uma exposição de marca gerados com uma ação de marketing – o famoso ROI, ou seja, o retorno sobre o investimento.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

Esta era uma das explicações que, como assessora de imprensa sempre tive que “ensinar” aos clientes potenciais. Costumava usar aquela imagem clássica do emissor, mensagem e receptor, explicando o meu trabalho de intermediadora, mas sempre e desde que de um fato de interesse público.

Uma vez como jornalista – e primeiro crivo daquele fato merecedor de um trabalho de divulgação para o tal público, por entender de interesse para sua comunidade e, portanto, passível de virar notícia –, eu o trabalharia para que, com cara de notícia, este fato viesse a ser resultado em vários tipos de mídia. No decorrer da explicação, havia a observação sobre o cliente ou eu não termos qualquer controle sobre o tamanho, a data de divulgação e mesmo se o resultado sairia, em função de variáveis independentes de nossa vontade, ainda que pudéssemos sugerir números adicionais em tabelas, fotos e imagens, sempre com a intenção de agregar valor ao material principal e espaço ao resultado final. Diferentemente, a propaganda era o playground do cliente, de total controle do emissor da mensagem, porque paga em seu tamanho, conteúdo, número de página, cor etc..

As mídias sociais

Do ponto de vista do Marketing, as mídias sociais vêm-se aprimorando cada vez mais em casos de sucesso, revelando aqui e acolá como reverter ações em resultados que impliquem visibilidade e resultado. São promoções-relâmpago, pesquisas de fidelização com premiações, uma série de bons exemplos que aos poucos, vem formando um bom porfolio para agências e um novo jeito de se fazer negócio via web 2.0. E o jornalismo?

Este definitivamente não pode mais viver sem as mídias sociais. E, na opinião desta modesta representante da classe, sem o twitter. Se existe um nicho ao qual o passarinho azul encontrou seu lugar foi, sem sombra de dúvida este aqui. Senão vejamos:

· É mancheteiro de primeira qualidade; ganha o leitor quem fizer a melhor manchete nos 140 caracteres disponíveis, já com link e tudo para o corpo da matéria que se pretende lida;

· Já “furou” as mídias tradicionais em vários momentos; desde o episódio da divulgação da filmagem que postou o tiro fatal da moça que, como centenas de pessoas, caminhava num protesto pacífico contra a eleição do presidente do Irã, até a morte do cantor por Michael Jackson, passando por outros locais, como o caso do PCC em São Paulo e tantos outros;

· Tem praticamente todas as instituições de ensino de todos os graus e localidades, de Governo e as mídias mais importantes do mundo representadas nele e, portanto, twittando suas principais notícias e fatos.

Com toda esta gama de variedade de fontes diretas à disposição, como não ser jornalista e adepta aos ecléticos pios do pássaro azul?

Vany Laubé é jornalista, blogueira do Mosaico Social (http://mosaicosocial.blogspot.com), twitteira, professora de mídias sociais via podcast para a Rádio Mega Brasil online (http://www.megabrasil.com/radio/radio.htm), entre várias outras atividades. Desde o início do ano, ela colabora no Mídias Sociais, escrevendo sobre mídias sociais e jornalismo todas as 6as. Feiras. Para conhecer mais sobre seu trabalho, acompanhe-a no twitter (@mosaicosocial)

Fonte: http://www.midiassociais.net/2010/01/o-twitter-e-jornalistico/